Este blog serve de suporte as aulas de Ciências do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Professora Heloisa Louzada.
Aqui serão postados assuntos relacionados as aulas e todos os estudantes são convidados a participar deste blog e a deixar seus comentários aqui.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

TABELA PERIÓDICA - RESUMO


• Lei periódica atual (Moseley)
 ”Quando os elementos químicos são agrupados em ordem crescente de número atômico (Z), observa-se a repetição periódica de várias de suas propriedades”.
 A partir dessa lei a tabela periódica é organizada de forma definitiva e se apresenta de modo a tornar mais evidente a relação entre as propriedades dos elementos e a estrutura eletrônica deles.
PERÍODOS ou SÉRIES
 A tabela dos elementos químicos atual possui sete fileiras horizontais. Cada fileira é chamada de período, ou seja, logo apresenta sete períodos. O número do período corresponde à quantidade de níveis (camadas) que os elementos químicos apresentam.
GRUPO ou FAMÍLIA
 Os elementos químicos estão organizados na tabela em 18 colunas verticais que são chamadas de grupos ou famílias. Elementos de uma mesma família apresentam propriedades químicas semelhantes e possuem a mesma configuração eletrônica em sua camada de valência (última camada).
Famílias A: Constituem a parte mais alta da tabela. A numeração se inicia com 1A e continua até o zero ou 8A.
 Dessas famílias têm algumas que possuem nomes especiais. São elas:
• Família dos metais alcalinos. Corresponde aos metais da família 1A.
• Família dos metais alcalino-terrosos. Corresponde aos metais da família 2A.
• Família do Boro. Corresponde a família 3A.
• Família do Carbono. Corresponde a família 4A.
• Família do Nitrogênio. Corresponde a família 5A.
• Família dos calcogênios. Corresponde a coluna 6A.
• Família dos Halogênios. Corresponde a coluna 7A.
•Família dos Gases Nobres. Corresponde a coluna 8A ou Zero.
Famílias B: Forma a Parte baixa da tabela. São os elementos das colunas B da tabela periódica.
Classificação dos elementos com base na sua estrutura eletrônica:
ELEMENTOS REPRESENTATIVOS (Subníveis s ou p)
São elementos químicos cuja distribuição eletrônica, em ordem crescente de energia, termina no subnível s ou p. São elementos representativos todos elementos da família A (1A, 2A, 3A, 4A, 5A, 6A, 7A, 8A ou 0).
ELEMENTOS DE TRANSIÇÃO (Subníveis d)
São elementos químicos cuja distribuição eletrônica em ordem crescente de energia, termina num subnível d. São todos os elementos do grupo ou família B (1B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 8B).
ELEMENTOS DE TRANSIÇÃO INTERNA (Subníveis f)
São elementos cuja distribuição eletrônica em ordem crescente de energia, terminam no subnível f. São os Lantanídios e os Actinídios. Estão todos na família 3B, sexto e sétimo período respectivamente.
Podemos classificar os elementos da tabela Periódica, também, de acordo a algumas características. Os elementos podem ser classificados como:
Metais
São elementos que apresentam um, dois ou três elétrons na sua camada de valência (última camada). Representam aproximadamente dois terço da tabela.
As principais propriedades físicas são:
a) nas condições ambientes são sólidos, com exceção do mercúrio (Hg), que é líquido.
b) são bons condutores de calor e corrente elétrica.
c) apresentam o chamado brilho metálico e cor característica.
d) são maleáveis, isto é, podem ser transformado em lâminas.
e) são dúcteis, isto é, podem ser transformado em fios.
Ametais ou Não-Metais
São elementos que possuem cinco, seis ou sete elétrons na última camada.
Existem apenas 11 elementos classificados como ametais. As principais propriedades físicas dos ametais são:
a) nas condições ambientes apresentam-se nos seguintes estados físicos: Sólidos: C P S Se I At Líquido: Br Gasosos: F O N Cl
b) são maus condutores de calor e eletricidade.
c) não apresentam brilho
Semimetais ou metalóides
São elementos que apresentam propriedades intermediárias entre os metais e os ametais. Por isso, ao se combinarem com outros elementos podem se comportar como metais ou ametais. São em números de sete. São sólidos a temperatura ambiente e o mais utilizado é o silício, empregado na construção de semicondutores. São eles: B, Si, Ge, As, Sb, Te, Po
Gases Nobres
São elementos que possuem oito elétrons em sua camada de valência (exceto o He, que possui 2). São gasosos em condições ambientes e tem como principal característica a grande estabilidade, ou seja, possuem pequena capacidade de se combinarem com outros elementos. É a última coluna da tabela Periódica. São no
total 6 elementos e sua característica mais importante é a inércia química.
Hidrogênio
É um elemento atípico, possuindo a propriedade de se combinar com metais, ametais e semi-metais. Nas condições ambientes, é um gás extremamente inflamável.
Todos os elementos classificados na tabela são encontrados naturalmente?
Não. Oficialmente são conhecidos até hoje 109 elementos químicos. Entre eles, 88 são naturais (encontrados na natureza) e 21 são artificiais (produzidos em laboratórios). Portanto classificamos estes artificiais em:
Cisurânicos → apresentam número atômico inferior a 92 , do elemento Urânio, e são os seguintes:
Tecnécio (Tc), Astato (At), Frâncio (Fr), Promécio (Pm)
Transurânicos → apresentam número atômico superior a 92 e são atualmente em número de 17.
O sonho de Kekulé


   Antes de verem o “sonho de Kekulé” relatado no título, é interessante lembrar que grande parte dos compostos produzidos em nosso corpo são orgânicos. Só para lembrar, por exemplo, há a uréia e a glicose. Não apenas em seres humanos, mas também em todos os seres vivos, sejam eles vegetais ou animais.
   Ou seja, os compostos orgânicos estão em quase tudo que tem vida orgânica em nosso planeta.
   Mas até que esse cara (Kekulé), de quem relatamos o citado sonho, não tivesse esse insight, através do sonho por ele relatado, pouco sobre o universo dos compostos orgânicos era conhecido.
   Quem foi Friedrich August Kekulé von Stradonitz?
   Numa frase, simplesmente podemos dizer que Kekulé foi o pioneiro da química orgânica.
   O texto a seguir foi extraído de um discurso feito pelo próprio Kekulé na prefeitura de Berlim, em 1890, em comemoração ao 25º aniversário do anúncio da fórmula do benzeno:
   ” Vocês estão celebrando o jubileu da teoria do benzeno. Eu devo, antes de tudo, falar-lhes que, para mim, a teoria do benzeno foi somente uma conseqüência, e uma conseqüência muito óbvia das idéias que eu formava sobre as valências dos átomos e da natureza de suas ligações; as idéias, portanto, as quais nós hoje chamamos de teoria da valência e estrutural. O que mais eu poderia ter feito com as valências não utilizadas? Durante minha estada em Londres, eu residi em Clapham Road… Freqüentemente, no entanto, passava as noites com meu amigo Hugo Mueller… Nós conversávamos sobre muitas coisas, mas, com mais freqüência, de nossa amada química. Em um agradável anoitecer de verão, estava retornando no último ônibus, sentado do lado de fora, como de costume, trafegando pelas ruas desertas da cidade… Eu caí em devaneio, e vejam só, os átomos estavam saltando diante dos meus olhos! Até agora, sempre que esses seres diminutos haviam aparecido para mim, estavam sempre em movimento; mas até aquele momento eu não fora capaz de perceber a natureza de seus movimentos. Agora, entretanto, eu via como, freqüentemente, dois átomos menores uniam-se para formar um par; como um maior abraçava os outros dois menores; como outros ainda maiores retinham três ou mesmo quatro dos menores; enquanto o conjunto mantinha-se girando em uma dança vertiginosa. Vi como os maiores formavam uma cadeia, arrastando os menores atrás de si, mas somente nos finais da cadeia… O grito do motorista: “Clapham Road” acordou-me do sonho; mas passei uma parte da noite colocando no papel pelo menos o esboço dessas formas de sonho. Essa foi a origem da “teoria estrutural”.
   “Algo semelhante aconteceu com a teoria do benzeno. Durante minha estada em Ghent, morava em elegantes aposentos de solteiro na via principal. Meu escritório, no entanto, tinha frente para um beco estreito e nenhuma luz do dia penetrava nele… Estava sentado escrevendo mau livro didático, mas o trabalho não progredia; meus pensamentos estavam em outro lugar. Virei minha cadeira para o fogo e cochilei. Novamente os átomos estavam saltando diante dos meus olhos. Nessa hora, os grupos menores mantinham-se modestamente no fundo. Meu olho mental, que se tornara mais aguçado pelas visões repetidas do mesmo tipo, podia agora distinguir estruturas maiores de conformações múltiplas: fileiras longas, às vezes mais apertadas, todas juntas, emparelhadas e entrelaçadas em movimento como o de uma cobra. Mas veja! O que era aquilo? Uma das cobras havia agarrado sua própria cauda, e essa forma girava zombeteiramente diante dos meus olhos. Acordei como se por um raio de luz; e então, também passei o resto da noite desenvolvendo as conseqüências da hipótese.” (Benfey, journal of Chemical Education, vol.35, 1958, p.21).
   Para relatar o sonho de kekulé, o trecho acima descrito foi extraído do livro: Química de autoria de JOAO USBERCO e EDGARD SALVADOR, publicado pela editora Saraiva.
   Em resumo:
   Kekulé era um estudioso de química orgânica. Quebrou a cabeça durante muito tempo, tentando combinar seis átomos de carbono com seis átomos de hidrogênio, numa fórmula que explicasse de forma satisfatória as propriedades especiais que esses átomos tinham na molécula do benzeno. Depois de muito pensar e estudar e fazer proposições, sentou-se em uma poltrona e tirou uma soneca à frente da lareira. Ao acordar, lembrou-se de um sonho estranho que tivera: uma cobra mordendo a própria cauda! Imediatamente, associou a forma cíclica dessa visão com o arranjo de átomos que pesquisava. E chegou à fórmula espacial do benzeno. Com essa descoberta, abriu-se um campo enorme para a síntese de novos produtos. Grande parte dos remédios produzidos pela indústria farmacêutica têm como ponto de partida o benzeno.
Números Quânticos- 1º ANO


O Power Point a seguir é um resumo para estudar o conteúdo. Alunos, prestem atenção às dicas... e bom estudo!


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Atenção alunos vem aí uma nova edição da Olimpíada de Química!!!
Os alunos interessados em participar devem falar comigo para começarmos a revisar os conteúdos.
Não esqueçam que para ter bons resultados o melhor caminho é o estudo!
IX Olimpíada de Química do Rio Grande do Sul
23/10/2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O único brasileiro a participar da descoberta de um elemento químico


      O brasileiro José Bonifácio de Andrade descobriu quatro minerais novos:, sendo dois a petalita e o espodumênio, chamados atualmente de aluminossilicatos de lítio. A repercusão da descoberta desses minerais despertou interesse da comunidade científica da época. O principal resultado foi a descoberta pelo químico inglês Humphry Davy do lítio. O reconhecimento do trabalho de José Bonifácio pela comunidade científica foi feita pelo mineralogista James Dwight Dana (1837-1868), colocando o nome de Andradita para o mineral granada (Ca3Fe2(SiO4)3).

Para saber mais leia: Uma Família de Químicos Unindo Brasil e Portugal: Domingos Vandelli, José Bonifácio de Andrada e Silva e Alexandre Vandelli de Adílio Jorge Marques e Carlos A. L. Filgueiras publicado na Química Nova na Escola.
Tabela Periódica
      A Tabela Periódica surgiu devido à crescente descoberta de elementos químicos e suas propriedades, os quais necessitavam ser organizados segundo suas características. Até 1800 aproximadamente 30 elementos eram conhecidos; nos dias de hoje a Tabela Periódica consta de 109 elementos.
     Vejam só como ela cresceu!
     Com a Tabela Periódica podemos analisar uma série de propriedades dos elementos. Um químico sempre a tem em mãos. Mas por que será que ela tem esse nome?
     O nome "Tabela Periódica" é devido à periodicidade, ou seja, à repetição de propriedades, de intervalos em intervalos, como, por exemplo, ocorre com as fases da lua, que mudam durante o mês e se repetem mês após mês.
     A base da classificação periódica atual é a tabela de Mendeleev, com a diferença de que as propriedades dos elementos variam periodicamente com seus números atômicos e não com os pesos atômicos, como era a classificação feita por Mendeleev.
     A Tabela Periódica atual é formada por 109 elementos distribuídos em 7 linhas horizontais, cada uma sendo chamada de período. Os elementos pertencentes ao mesmo período possuem o mesmo número de camadas de elétrons.
     Vamos verificar?


K 2             K 2             K 2


L 1             L 4             L 8
      Viu só, o lítio, o carbono e o neônio possuem 2 camadas (K e L); portanto são do segundo período.
      As linhas verticais da Tabela Periódica são denominadas de famílias e estão divididas em 18 colunas. Os elementos químicos que estão na mesma coluna na Tabela Periódica possuem propriedades químicas e físicas semelhantes.
      A família é caracterizada pelos elétrons do subnível mais energético, portanto os elementos de uma mesma família apresentam a mesma configuração na última camada.
     Vamos verificar alguns exemplos?
      O berílio e o cálcio tem a mesma configuração na última camada, isto é, s2; portanto ambos pertencem à família 2A ou 2.
      Algumas colunas possuem nomes especiais. Vamos conhecer quais são elas?
Família 1 (1A) - Alcalinos
Família 2 (2A) - Alcalino-terrosos
Família 13 (3A) - Família do boro
Família 14 (4A) - Família do carbono
Família 15 (5A) - Família do nitrogênio
Família 16 (6A) - Calcogênios
Família 17 (7A) - Halogênios
Família 18 (Zero) - Gases Nobres
      Os elementos da Tabela Periódica podem ser classificados como:

Metais: Eles são a maioria dos elementos da tabela. São bons condutores de eletricidade e calor, maleáveis e dúcteis, possuem brilho metálico característico e são sólidos, com exceção do mercúrio.

Não-Metais: São os mais abundantes na natureza e, ao contrário dos metais, não são bons condutores de calor e eletricidade, não são maleáveis e dúcteis e não possuem brilho como os metais.

Gases Nobres: São no total 6 elementos e sua característica mais importante é a inércia química.

Hidrogênio: O hidrogênio é um elemento considerado à parte por ter um comportamento único.
A descoberta dos Elementos Químicos


           Alguns elementos já eram conhecidos pelo homem desde a antigüidade, a saber, ouro, prata, cobre, ferro, chumbo, estanho, mercúrio e enxofre. Destes, sete são metais, tendo inclusive surgido uma teoria que tal seria o número máximo possível de metais existentes, cada qual associado a cada um dos corpos celestes então conhecidos.
          Ainda no tempo da Alquimia, mais quatro elementos foram conhecidos no estado livre: arsênio, antimônio, bismuto e fósforo.
          O assim chamado "arsênico"dos gregos e romanos, consistia em seus sulfetos naturais, um deles o "ouropimenta"(corruptela de "ouropigmento"), nome dado ao mineral constituído de sulfeto de arsênio. Não se sabe ao certo quem primeiro o obteve em estado elementar; costuma-se atribuir o feito a Alberto, o Grande (Albertus Magnus, 1193-1280), dominicano alemão, que obteve o metal pelo aquecimento de ouropimenta com sabão. Paracelsus, no séc. XVI, mencionou um processo de obtenção de arsênio pelo aquecimento do "arsênico" dos antigos com cascas de ovos.
         O antimônio, tal como o arsênio, também já era conhecido dos antigos, provavelmente só na forma de sulfeto, que era usado para o escurecimento das pálpebras das mulheres. A imperatriz Cleóprata, do Egito, fazia uso desse composto para a pintura das pálpebras.
         No século XVIII vão ser preparados e reconhecidos vários novos elementos. Entre os metais, o cobalto (1735), a platina (1740-1741), o zinco (1746), o níquel (1757), o manganês (1774), o molibdênio (1781), o telúrio (1782), o tungstênio (1785) e o crômio (1798). Entre os não-metais o nitrogênio, o cloro, o hidrogênio e o oxigênio.
        No século XIX, vamos encontrar o grande desenvolvimento da Química Orgânica, a qual atrai o interesse de grande número de químicos. Embora um número menor de químicos continuasse se dedicando ao ramo mais antigo, a Química Inorgânica, os resultados desta na época não foram menos importantes, tendo sido descobertos muitos novos elementos, em número maior do que todos os conhecidos até então.

Fonte:UNESP – UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA