Este blog serve de suporte as aulas de Ciências do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Professora Heloisa Louzada.
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Buraco negro no centro da Via Láctea

     Astrônomos já consideram a imagem que deve ser divulgada nos próximos meses – e que tem tudo para ser uma das mais significativas dos últimos 50 anos.


Por André Jorge de Oliveira, em 11 jan 2019 - Texto adaptado pela professora.
Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/foto-epica-do-buraco-negro-no-centro-da-via-lactea-esta-prestes-a-ser-revelada/
(Divulgação/Superinteressante)


     A imagem do buraco (acima) foi concebida pelo físico americano Kip Thorne, um especialistas .
     Se a visão de um buraco negro fictício já impressiona, imagine na vida real. Ao que tudo indica, porém, a imagem de um buraco negro real logo deixará de ser só imaginação: pesquisadores dão sinais de que estamos a poucos meses de contemplar, pela primeira vez, uma fotografia de um buraco negro de verdade.
    Os astrônomos por trás da tentativa, uma das mais ambiciosas na história da ciência, fazem parte de uma colaboração internacional que desenvolveu uma técnica extremamente avançada para conectar potentes radiotelescópios espalhados pelo planeta. Dessa forma, conseguiram montar um superinstrumento com um tamanho virtual comparável ao da Terra e uma resolução combinada tão surreal que seria capaz de identificar um botão no Chuí a partir do Oiapoque. É como se o botão fosse o buraco negro no centro da VIa Láctea.
     O Event Horizon Telescope realizou sua primeira bateria de observações em abril de 2017 — e, desde então, cientistas de dezenas de instituições parceiras têm se debruçado para extrair significado dos dados. Além do “nosso” buraco negro, o Sagitário A*, as antenas de rádio do EHT também apontaram para o objeto monstruoso localizado no centro da galáxia M87, um dos buracos negros mais ativos conhecidos, mil vezes maior que o nosso vizinho, localizado entre 50 e 60 milhões de anos-luz da Terra.
    Nesse meio-tempo, os pesquisadores envolvidos têm sido reticentes quando o assunto são os resultados ou uma possível data para a divulgação da tão esperada foto. Mas uma reportagem do jornal britânico The Guardian revelou que o pessoal do EHT já começa a soltar indícios de que a observação deu certo — e que um anúncio deve acontecer em breve. Mais especificamente, no outono do hemisfério sul. Um cientista sênior do projeto classificou como “espetaculares” os dados coletados de ambos os buracos negros.
     Este certamente promete ser um dos anúncios científicos mais grandiosos de 2019. Em entrevista ao The Guardian, o especialista em história da ciência da Universidade de Harvard, Peter Galison, afirmou que, se bem-sucedida, a imagem do EHT estará entre as mais icônicas da ciência e será uma das mais significativas dos últimos 50 anos para a astronomia. 
    Obviamente o buraco negro em si não é visível, já que não emite luz alguma, só a engole. Mas sua gravidade extrema mantém muita matéria e radiação orbitando em um disco ao seu redor — este material brilhante deixaria bem delineada a silhueta escura e compacta do horizonte de eventos, o “ponto de não retorno” gravitacional do qual nada pode escapar. Além de revolucionar o estudo dos buracos negros, a aguardada imagem também deve ter enormes impactos em áreas da física quântica e da cosmologia. 


        Para saber mais: 
        O que é um buraco negro e como ele é formado?
      Trata-se de certas regiões no espaço onde a gravidade puxa de uma forma tão absurda que nem mesmo a luz escapa desses “monstros espaciais” — por isso você não consegue enxergar nenhum deles, pois eles são invisíveis.
   A formação de um buraco negro acontece quando uma grande estrela morre e simplesmente é implodida, fazendo com que a sua densidade se torne infinita com o acúmulo da massa em um único ponto.




        Qual o tamanho deles?
        Eles podem ser grandes, pequenos e também gigantes. De acordo com os entendidos da toda poderosa (e misteriosa) NASA, o menor deles pode ser do tamanho de um átomo, ou seja, extremamente minúsculo, mas com uma força devastadora. Já os chamados de “stellar” podem chegar a ter 20 vezes a massa do Sol.
        Por último vêm os famosos “supermassivos”, que possuem a massa do sol, só que multiplicada por um milhão — no mínimo. Os cientistas dizem que praticamente todas as galáxias do universo abrigam um buraco negro supermassivo em seu centro. Para você ter ideia, a nossa Via Láctea abriga um “monstro” desse tipo, chamado de Sagittarius A, cuja massa equivale a quatro milhões de sóis do nosso sistema.




Fontes: https://www.megacurioso.com.br/astronomia/55567-nasa-explica-o-que-e-um-buraco-negro.htm
https://super.abril.com.br/ciencia/

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