Este blog serve de suporte as aulas de Ciências do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Professora Heloisa Louzada.
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quarta-feira, 14 de julho de 2010

A Química da Cafeína
    A cafeína é a 1,3,7-trimetilxantina é um pó branco cristalino muito amargo. Na medicina, a cafeína é utilizada como um estimulante cardíaco e um diurético. Esse composto químico tem fórmula C8H10N4O2
    A Cafeína é um alcalóide. Entre os vários alcalóides existentes na natureza, encontram-se as metilxantinas. Existem 3 metilxantinas particularmente importantes: a 1,3,7-trimetilxantina (cafeína), a 1,3-dimetilxantina (teofilina) e a 3,7-dimetilxantina (teobromina). A teobromina é encontrada no chocolate, no chá, na noz moscada, mas não no café. No cacau, a concentração de teobromina é 7 vezes maior do que de cafeína! A teofilina possui mais efeitos no coração e na respiração, sendo, por isso, mais empregada em medicamento para asma, bronquite e efisemas do que a cafeína. É encontrada, também, no café. No organismo, estes compostos são facilmente oxidados para o ácido úrico e outros derivados.
    A cafeína é uma droga que causa dependência – física e psicológica. Ela opera por mecanismos similares às anfetaminas e à cocaína. Seus efeitos, entretanto, são mais fracos do que estas drogas, mas ela age nos mesmos receptores do sistema nervoso central (SNC). Se você sente que “não funciona” sem um copo de café, é porque você já está viciado em cafeína…
    A ligação da adenosina, um neurotransmissor natural, aos seus receptores, diminui a atividade neural, dilata os vasos sanguíneos, entre outros. A cafeína se liga aos receptores da adenosina e impede a ação da mesma sobre o SNC. A cafeína estimula a atividade neural e causa a constricção dos vasos sanguíneos, pois bloqueia a ação da adenosina. Muitos medicamentos contra a dor de cabeça, tal como a Aspirina Forte, contém cafeína – se você estiver sofrende de uma dor de cabeça vascular, a cafeína irá contrair os vasos sanguíneos e aliviar a dor. Com o aumento da atividade neural, a glândula pituitária (localizada sobre os rins) “pensa” que algum tipo de emergência está ocorrendo, e libera grandes quantidades de adrenalina, que causa uma série de efeitos no corpo humano, como a taquicardia, aumento da pressão arterial, abertura dos tubos respiratórios (por isso muitos medicamentos contra a asma contém cafeína), aumento do metabolismo e contração dos músculos, entre outros.
    Doses médias                                  
café coado: 150 mg /xícara
expresso: 350 mg /xícara
instantâneo: 100 mg /xícara
descafeinado: 4 mg /xícara
chá: 70 mg /xícara
coca-cola: 45.6 mg /lata
diet coca-cola: 45.6 mg /lata
pepsi cola: 37.2 mg /lata
diet pepsi: 35.4 mg /lata
chocolate: (200g): 7 mg  
    A cafeína também aumenta a concentração de dopamina no sangue (assim como fazem as anfetaminas e a cocaína), por diminuir a recaptação desta no SNC. A dopamina também é um neurotransmissor (relacionado com o prazer) e suspeita-se que seja justamente este aumento dos níveis de dopamina que leve ao vício da cafeína.
    Resumindo, a cafeína, em curto prazo, impede que você durma porque bloqueia a recepção de adenosina; lhe dá mais “energia”, pois causa a liberação de adrenalina, e lhe faz sentir melhor, pois manipula a produção de dopamina.
    O problema do consumo de cafeína só aparece em longo prazo. O mais importante é o efeito que a cafeína tem sobre o sono. A recepção de adenosina é muito importante para o sono, principalmente para o sono profundo. O tempo de meia-vida da cafeína no organismo é de 6 horas. Portanto, se você beber um xícara de café (200 mg de cafeína) por volta das 15:00h, cerca de 100 mg de cafeína ainda estarão em seu corpo lá pelas 21:00h. Você ainda estará apto a dormir, mas provavelmente não irá usufruir os benefícios do sono profundo. No dia seguinte, você precisará mais cafeína para se sentir melhor, e este círculo vicioso continua, dia após dia. Se você tentar parar de consumir cafeína, você irá se sentir deprimido e, algumas vezes, com uma terrível dor de cabeça – causada pela excessiva dilatação dos vasos sanguíneos no cérebro. Estes efeitos negativos o forçam a correr de volta para o consumo de cafeína. Esta é a principal razão que leva os fabricantes de refrigerantes a adicionar cafeína aos seus produtos – o consumidor se torna viciado e as vendas aumentam!
    A descoberta do café
    Os historiadores dizem que o café foi descoberto na Etiópia, em torno de 700 AC, onde a planta crescia naturalmente. Alguns pastores perceberam que suas ovelhas não conseguiam dormir, à noite, após comerem os frutos desta planta. Durante o século XIV alguns pés de café foram plantados na Arábia. Eles chamaram esta planta de Kaweh, e era usado como alimento, na fabricação de vinho e como remédio. Por volta de 1500, o café já estava na Turquia e na Itália e, em 1720, já estava em Paris. Em 1736 o primeiro pé de café foi plantado em Porto Rico e, menos de 20 anos mais tarde, já era o principal produto de exportação do país (como continua sendo até hoje!). A economia brasileira, por um longo período, teve no café o seu principal produto (o que não é novidade para quem acompanha a novela Terra Nostra). O país com o maior consumo per capita de café é os EUA, e, lá, as variedades preferidas são as provindas da Colômbia e de Porto Rico.





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